grupo de estudos on-line em psicologia, gênero e sexualidade
Pode a escuta clínica ser neutra? Quais efeitos do seu corpo/gênero/sexualidade na relação terapêutica com as pessoas que você escuta? Durante sua formação, você já pensou (ou foi ensinado) que para atuar na psicologia você teria que esconder um pouco quem é?
O Grupo Monstro surge a partir desta inquietação. Por que Monstro? Por muito tempo e até hoje, recebemos olhares como se fossemos monstruosidades, ameaças à norma. Nosso convite é de aceitar nossa diferença trazendo-a para o campo das possibilidades. Nossos corpos podem (e devem) ocupar espaços sem precisar do aval da suposta normalidade. Propomos um espaço de estudo e trocas que visa refletir sobre as imposições colocadas sobre nossos corpos e subjetividades dissentes em prol da "neutralidade profissional". Queremos deformar e reformar a escuta para uma prática que nos caiba. Os olhos da normalidade voltados para nossa diferença inquietante nos ensinaram a ter medo daquilo que mais deveríamos ter orgulho: quem somos. Por isso, como ato político de produção de memória de si, propomos um grupo para estabelecer um compromisso coletivo com uma ética do cuidado que não busca verdades únicas. Propomos um espaço seguro de compartilhamento de histórias, começando com o texto "Eu sou o monstro que vos fala" de Paul Preciado
Como resultado, gerou-se um arquivo de frases e de objetos de memórias de si.
Participadores
Marco Vagnotti Gustavo da Silva Machado Lucas de Mello Reitz
Ariel Caetano
Fabiane Kravutschke Bogdanovicz
Isadora Sammi Clausen
Jade da Silveira Fraga
Julia de Souza Lopes
Katia Maria Véras
Martina Angnes